segunda-feira, junho 18

As Festas do Divino Espírito Santo





Não se sabe quando se iniciaram as festas do Espírito Santo, mas é normalmente aceite que se iniciaram por iniciativa da Rainha Santa Isabel, esposa de D. Dinis.

A primeira cerimónia terá tido lugar em Alenquer e rapidamente se popularizou, em Portugal Continental.

Com a descoberta dos Açores, em 1427 e subsequente povoamento a partir de 1439, os primeiros povoadores deverão ter trazido consigo este culto ao Divino Espírito Santo.

Talvez devido às dificuldades que passaram, com intempéries, cataclismos, etc. Este culto acentuou-se cada vez mais junto dos Açorianos de tal maneira que não haverá lugar que não tenha festa de Espírito Santo, no Domingo de Pentecostes, sete semanas após a Páscoa.

À semelhança do que aconteceu em Alenquer são atribuídos esmolas pelos pobres. O irmão que serve é Mordomo ou o Imperador.

Do Imperador resultou a palavra Império que é o lugar onde se realiza a parte mais profana da festa (refeições, cantares, etc.).

A tradicional coroação do Mordomo é feita na igreja e há procissão (cortejo) da casa do Mordomo até à igreja e desta para o Império.

Durante quase toda a tarde há sopas, vinho e massa.

Em algumas freguesias há festa no Domingo, Segunda-feira e Terça-feira do Espírito Santo.

Os irmãos servem rotativamente, mas antes da festa há um peditório por toda a freguesia (aldeia).

Em algumas freguesias há arraiais, durante a tarde com a actuação de filarmónicas.

As festas do Espírito Santo continuam muito populares de tal forma que noutros Domingos muitas vezes há serviços no seguimento de promessas em horas de aflição.

Apesar das mudanças deste século, parece-nos que estas festas estão para durar longos anos.

O Divino Espírito Santo tem sete dons que são: Entendimento, Ciência, Sabedoria, Conselho, Piedade, Fortaleza, Temor de Deus.

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