segunda-feira, junho 18

O MILHAFRE




As aves de rapina são consideradas, erradamente por muitos, nocivos ao homem. Queremos mostrar o papel essencial que estas desempenham no equilíbrio da natureza e, assim, contribuir para a conservação e protecção destas aves.

Nome comum: Milhafre ou queimado.
Nome científico: Buteo buteo rothschildi.
Família: Accipitridae.
Cor da Plumagem: castanha.
Altura: 50 cm.
Envergadura das asas: 1,30.



Há muitos milhares de anos, no meio do Oceano Atlântico, nove ilhas encantadas, às quais os homens, muitos séculos depois, aquando do seu descobrimento, erradamente chamaram Açores, porque em volta das ilhas brumosas sobrevoavam umas belíssimas aves de rapina, muito semelhantes aquelas assim denominadas. Estas aves eram milhafres.

Etiquetas:

As Festas do Divino Espírito Santo





Não se sabe quando se iniciaram as festas do Espírito Santo, mas é normalmente aceite que se iniciaram por iniciativa da Rainha Santa Isabel, esposa de D. Dinis.

A primeira cerimónia terá tido lugar em Alenquer e rapidamente se popularizou, em Portugal Continental.

Com a descoberta dos Açores, em 1427 e subsequente povoamento a partir de 1439, os primeiros povoadores deverão ter trazido consigo este culto ao Divino Espírito Santo.

Talvez devido às dificuldades que passaram, com intempéries, cataclismos, etc. Este culto acentuou-se cada vez mais junto dos Açorianos de tal maneira que não haverá lugar que não tenha festa de Espírito Santo, no Domingo de Pentecostes, sete semanas após a Páscoa.

À semelhança do que aconteceu em Alenquer são atribuídos esmolas pelos pobres. O irmão que serve é Mordomo ou o Imperador.

Do Imperador resultou a palavra Império que é o lugar onde se realiza a parte mais profana da festa (refeições, cantares, etc.).

A tradicional coroação do Mordomo é feita na igreja e há procissão (cortejo) da casa do Mordomo até à igreja e desta para o Império.

Durante quase toda a tarde há sopas, vinho e massa.

Em algumas freguesias há festa no Domingo, Segunda-feira e Terça-feira do Espírito Santo.

Os irmãos servem rotativamente, mas antes da festa há um peditório por toda a freguesia (aldeia).

Em algumas freguesias há arraiais, durante a tarde com a actuação de filarmónicas.

As festas do Espírito Santo continuam muito populares de tal forma que noutros Domingos muitas vezes há serviços no seguimento de promessas em horas de aflição.

Apesar das mudanças deste século, parece-nos que estas festas estão para durar longos anos.

O Divino Espírito Santo tem sete dons que são: Entendimento, Ciência, Sabedoria, Conselho, Piedade, Fortaleza, Temor de Deus.

Etiquetas:

domingo, junho 17

Dia da Autonomia




O Dia da Autonomia foi instituído pelo parlamento açoriano em 1980 e é destinado a comemorar a açorianidade e a autonomia. É a maior celebração religiosa e cívica dos Açores.

O Dia dos Açores é comemorado na Segunda-Feira do Espírito Santo e é também conhecido pelo Dia da Pombinha.

Este dia, dedicado ao Açores e aos açorianos, pretende comemorar a autonomia conquistada depois do 25 de Abril de 1974. A partir desta data, os Açores tornaram-se numa Região Autónoma, com um Governo Regional próprio. Para adaptar as leis à Região Autónoma dos Açores também foi criada a Assembleia Legislativa Regional dos Açores que funciona na cidade da Horta, ilha do Faial.



Desde a conquista da autonomia, os Açores tiveram três presidentes do Governo Regional, dos quais se destacaram o Dr. Mota Amaral e o actual presidente Carlos César.

Símbolos dos Açores

A Região Autónoma dos Açores tem bandeira, brasão de armas, selo e hino próprios.

A Bandeira






A bandeira de cor azul e branca tem ao centro um açor encimado por um semi-círculo constituído por nove estrelas douradas. Junto da haste figura o escudo nacional.


O Brasão de Armas



O brasão é constituído por um escudo, por um elmo e por um açor, ladeados por dois touros que sustentam dois estandartes: um com a cruz da Ordem de Cristo e o outro com uma pomba do Espírito Santo. Por baixo, pode ler-se a Divisa: Antes morrer livres do que em paz sujeitos.

Hino dos Açores

Deram frutos a fé e a firmeza
No esplendor de um cântico novo:
Os Açores são a nossa certeza
De traçar a glória de um povo.

Para a frente! Em comunhão,
Pela nossa autonomia.
Liberdade, justiça e razão
Estão acesas no alto clarão
Da bandeira que nos guia
Para a frente! Lutar, batalhar
Pelo passado, imortal.
No futuro a luz semear,
De um povo triunfal.

De um destino com brio alcançado
Colhermos mais frutos e flores,
Porque é este o sentido sagrado
Das estrelas que coroam os A
çores.Para a frente, açorianos!
Pela paz à terra unida.
Largos vôos, com ardor firmamos,
Para que mais floresçam os ramos
Da vitória merecida.
Para a frente! Lutar, batalhar
Pelo passado imortal,
No futuro a luz semear,
De um povo triunfal.

Natália Correia

Etiquetas: